Dissertações - de 01 a 10

Por JOEL INÁCIO Actualizado en 19/11/14 09:22
1 Alexandre Guilarducci Porfírio
O reconhecimento do contexto sociocultural do aluno em meio ao ensino e à aprendizagem da matemática na educação de adolescentes jovens e adultos
Ano de defesa: 2009
Orientação: Prof. Dr. Rogério Ferreira
Banca examinadora: Prof. Dr. José Pedro Machado Ribeiro, Doutor e Profª. Dra. Maria do Carmo Santos Domite
resumo
Neste trabalho, salientamos a importância do desenvolvimento do conhecimento matemático a partir do contexto sócio-cultural do aluno que cursa a Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (EAJA). Destacamos a relevância de valorizar os conhecimentos previamente adquiridos por estes alunos na prática do professor de matemática em sala de aula. A pesquisa procurou abordar diferentes esferas da educação, tendo por foco compreender as necessidades acerca da EAJA. Em harmonia a uma fundamentação teórica atual e reconhecida pelos estudiosos que buscam melhoras para a educação escolar de jovens e adultos, buscamos expor algumas das relações que cercam o desenvolvimento do conhecimento matemático na escola a partir do contexto sócio-cultural do indivíduo. Para isso, realizamos uma pesquisa de campo junto aos alunos da escola Municipal Maria Helena Bretas em Goiânia-GO, local em que nossos resultados estão contextualizados. Palavras-chave: Educação de adolescentes, jovens e adultos; Educação Matemática; Contexto sócio-cultural.
2 César Augusto Paiva Gonçalves
Diálogos interdisciplinares construídos a partir da aproximação entre a engenharia civil e o ensino de ciências em um núcleo de pesquisa
Ano de defesa: 2009
Orientação: Profa. Dra. Agustina Rosa Echeverría
Banca examinadora: Prof. Dr. Otavio Aloisio Maldaner e Prof. Dr. Leandro Gonçalves Oliveira
resumo
Este trabalho analisa o movimento de aproximação interdisciplinar entre especialistas de diferentes campos do conhecimento, levando em consideração seus aspectos epistemológicos e pedagógicos, na perspectiva de uma compreensão ampliada da realidade, apreendida enquanto totalidade dinâmica e complexa. A investigação foi realizada no âmbito de um Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências, originalmente constituído por professores de ciências em diferentes níveis de formação curricular, em aproximação com professores formadores da Escola de Engenharia Civil. Do projeto participam também quatro escolas estaduais e um centro federal de educação tecnológica. Nesse contexto, este trabalho se propõe a discutir as possíveis dimensões das relações e interações entre especialistas do ensino de ciências e da engenharia civil, na compreensão do caminho epistemológico de construção da interdisciplinaridade no ensino de ciências. Foram realizadas quinze reuniões do núcleo com a participação de professores de ciências de diferentes níveis, alunos de graduação e mestrado e professores e alunos engenheiros. Todos os encontros foram filmados em VHS e transcritos; deles, seis foram selecionados para a análise. Metodologicamente, este trabalho se caracteriza como uma pesquisa participante. Para fins de análise, as reflexões obtidas foram agrupadas em três categorias: i) sobre as concepções de interdisciplinaridade dos diferentes grupos que compõem o núcleo; ii) sobre a dinâmica de aproximação entre o ensino de ciências e a engenharia civil; iii) sobre as contribuições dessa aproximação. Considerando a natureza epistemológica complexa da interdisciplinaridade e a necessária renovação do ensino de ciências, nossa análise aponta para a necessidade de que novos diálogos, aportados por uma compreensão ampla das bases científicas, sejam promovidos nos diferentes níveis de produção e apropriação da ciência. Percebemos, ainda, que a análise de determinada problemática dentro de uma perspectiva interdisciplinar gera uma visão mais abrangente sobre os caminhos e as possíveis estratégias de superação dessas dificuldades, disponibilizando indícios e soluções mais globais do que aquelas obtidas por uma abordagem individualizada do objeto em questão. Este trabalho, portanto, ao analisar a natureza das referidas relações e a construção da interdisciplinaridade a partir de aspectos epistemológicos, pedagógicos, históricos, políticos e sociais, justifica-se pelo caráter de suas proposições e pelo empreendimento crítico-reflexivo de compreensão da dinâmica do pensamento que subsidia tal integração. Palavras-chave: ensino de ciências, engenharia no ensino médio, interdisciplinaridade, complexidade.
3 Cláudio Roberto Machado Benite
Discussão curricular a partir do tema energia numa perspectiva de intervenção na formação continuada de professores
Ano de defesa: 2009
Orientação: Profª. Dra. Agustina Rosa Echeverria
Banca examinadora: Profª. Dra. Irene Cristina Mello e Profº. Dr. Paulo Celso Ferrari
resumo
Este trabalho teve como objetivo principal investigar a participação de professores de diversas disciplinas em reuniões de discussão curricular, numa escola pública de nível médio da cidade de Goiânia, a partir do tema energia. Tratase de um subprojeto inserido numa parceira Universidade/Escola, na perspectiva do surgimento de novos caminhos de intervenção na própria prática. Partindo desses pressupostos é fundamental destacar o papel dos núcleos de pesquisa como o Núcleo de Pesquisa em Ensino de Ciências - NUPEC do IQ/UFG em ambientes coletivos como a escola, pois, a relação assimétrica entre os componentes permite tanto o crescimento coletivo quanto o individual. Considerando que é entre saberes teóricos e práticos que se constitui o saber profissional, esta pesquisa se configura como uma alternativa inovadora no Ensino de Ciências realizada durante a execução do subprojeto intitulado “Construção de um coletor solar com materiais alternativos: uma experiência com energia limpa no ensino médio”, visando aumentar o interesse dos alunos pelas ciências naturais e pelas engenharias, além da intenção de motivar os professores da escola a adotarem práticas de ensino mais estimulantes. Os dados deste estudo, que tem elementos de uma pesquisa participante, foram construídos a partir da análise das transcrições de seis reuniões de planejamento registradas em VHS. Da análise dos dados foi possível se concluir que os professores têm dificuldades em se engajarem em atividades diferentes daquelas que constituem o cotidiano escolar. Ao mesmo tempo constatamos a potencialidade que este tipo de aproximação, Universidade/Escola, tem na perspectiva da elaboração de novas propostas de ensino e concluímos que apoiados por parceiros mais experientes e com o apoio da administração escolar os professores propõem, discutem, elaboram e executam novas práticas pedagógicas. Palavras-chave: formação continuada de professores, pesquisa participante, discussão curricular.
4 Cláudio Souza Martins
O Planetário: Espaço educativo não formal qualificando professores da segunda fase do ensino fundamental para o ensino formal
Ano de defesa: 2009
Orientação: Prof. Dr. Juan Bernardino Marques Barrio
Banca examinadora: Profa. Dra. Maria Helena Steffani e Prof. Dr. Paulo Henrique Azevedo Sobreira
resumo
Apesar das mudanças introduzidas no Sistema Educativo Brasileiro a partir da LDB de 1996, e da introdução nos PCN’s de Ciências Naturais do tema transversal Terra e Universo, ainda é praticamente nulo o conhecimento dos professores sobre os conceitos de Astronomia presentes nos currículos escolares, âmbito da educação formal. Neste trabalho se enfatiza a necessidade e a importância do ensino da Astronomia, analisam-se como os Museus e centros de Ciência, particularmente os Planetários, espaços de ensino não formal, podem suprir parcialmente esta carência, tendo em conta que a educação não se restringe às salas de aula Acontece em diversos outros espaços em que a vida humana se desenvolve. Propõe-se também uma forma de minimizar as deficiências na formação dos professores para tratar este tema. Os Planetários, aparelhos destinados a reproduzir o céu estrelado, com o Sol, a Lua e os planetas, com seus movimentos tais como os vemos da superfície da Terra, existem desde Arquimedes. Sua concepção evoluiu desde pequenos globos celestes e esferas armilares que podem ser postos sobre uma mesa até os grandes Planetários, capazes de abrigar no seu interior centenas de pessoas, podendo simular viagens espaciais através do Sistema Solar ou além dos limites da nossa Galáxia até as fronteiras do Universo conhecido. Atenção especial é dada ao Planetário da UFG, por ser um espaço onde a educação em seus aspectos formal, informal e não formal tem sido desenvolvida há mais de trinta anos pela equipe que compõe o corpo docente deste órgão da UFG. Um breve histórico deste Planetário é apresentado, descrevendo-se o trabalho desenvolvido pela equipe de professores. Uma pesquisa realizada junto a professores do Ensino Fundamental que trouxeram seus alunos ao Planetário no primeiro semestre de 2008 revelou a total aceitação do serviço oferecido pelo Planetário com um número irrisório de críticas, o que parece ser decorrente da imensa carência de informações sobre a Astronomia e da única presença atuante do Planetário da UFG na região Centro Oeste do Brasil. Com a intenção de dar um passo à frente na qualificação em Astronomia, permitindo que os professores possam trabalhar o tema Terra e Universo, é feita uma proposta de um curso para professores da segunda fase do Ensino Fundamental que pode abrir novos horizontes para diversos professores de Ciências na compreensão da abordagem científica dos mistérios do Cosmos. Palavras-chave: Educação não formal, Museu, Planetário, Ensino de Astronomia
5 Deuel Bernardes Alves
Os professores de ciências e matemática em goiás (1991 a 2006): Demandas e dilemas
Ano de defesa: 2009
Orientação: Prof. Dr. Juan Bernardino Marques Barrio
Banca examinadora: Prof. Dr. Marcos Antônio da Silva e Prof.Dr. Wellington Lima Cedro
resumo
Esta dissertação resulta de uma pesquisa documental de caráter diagnóstico que pretende ampliar a percepção entre as “supostas necessidades de mercado” e a formação de professores nos cursos de Biologia, Física, Matemática e Química tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio e que apresenta alguns dos dilemas ligados aos professores em Ciências e Matemática no estado de Goiás. Inicia-se com uma discussão que relaciona educação, demanda e estrutura; em seguida, faz um retrospecto histórico da consolidação da Educação Superior no Brasil e apresenta em paralelo, o processo de construção da Lei de Diretrizes e Bases e do Plano Nacional de Educação no período 1991 a 2006, um importante intervalo marcado pela aprovação da LDB/96, que provavelmente, influenciou na expansão do número de IES no país, mas especificamente em Goiás, foco desta dissertação, procurou-se buscar dados catalogados pelo INEP, IBGE, SEEGo, e outros, na tentativa de elucidar questões referentes à formação de professores de Ciências e Matemática no Estado. Finalmente, a partir dos diversos elementos trabalhados, percebeu-se a necessidade da explicitação de quatro dilemas: Rejeição, Profissão, Formação e Sobrevivência. O primeiro dilema se fundamenta pela negação que a sociedade tem mostrado quanto à procura dos cursos das Ciências. Esta recusa pode ter como origem a atuação dos profissionais (2°dilema) que s e têm à disposição e que, conseqüentemente, passaram por uma formação (3°dilema) específica. Tal formação tem possibilitado a existência de pessoas que por meio da sobrevivência (4°dilema) na profissão, têm se apresentado, em alguns casos, quase que unicamente, como referência positiva e/ou negativa para os futuros seguidores desta profissão. Palavras-chave: Educação, Professores de Ciências, LDB, Demandas e Dilemas.
6 Fernando Aparecido de Moraes
As concepções de meio ambiente e natureza: Implicações na práticas de educação ambiental de professores da rede estadual de ensino no município de Aparecida de goiânia – GO
Ano de defesa: 2009
Orientação: Profª. Dra. Marilda Shuvartz
Banca examinadora: Profº. Dr. Carlos Hiroo Saito e Profº. Dr. Márlon Herbert Flora Barbosa Soares
resumo
Diante da problemática ambiental enfrentada nos dias atuais a EA se insere no sentido de contribuir na busca por mudanças na maneira de sermos e estarmos no mundo, sendo desenvolvida sob diferentes olhares e entendimentos nas escolas da Educação Básica. Sabe-se que, para que ela se efetive com qualidade ainda precisa romper com uma série de desafios, que estão relacionados com os professores, as escolas, as políticas públicas e a sociedade civil como um todo. Assim, considerando a importância da EA, suas dificuldades de caminhar nesse terreno instável e as necessidades de conhecermos como a mesma vem sendo praticada e entendida, a pesquisa foi realizada no universo escolar do município de Aparecida de Goiânia – GO, com o objetivo principal de conhecer as concepções e as práticas de EA dos professores da Rede Estadual de Ensino neste município. Trabalhamos com os professores do Ensino Fundamental e Médio, do período matutino, das disciplinas: Ciências, Geografia, Matemática, Biologia e Química. A pesquisa foi de caráter extensivo (quantitativo) e compreensivo (qualitativo), na qual utilizamos para a obtenção dos dados o questionário, muito utilizado em pesquisas sociais. No decorrer da análise, verificamos que as concepções de natureza, meio ambiente e EA dos professores distanciam-se da possibilidade de atender às necessidades das causas ambientais, pois, motivados principalmente pelas experiências de vida e formações profissionais, mantêm os valores e as práticas que sustentam o atual modelo de vida, fundamentado no antropocentrismo e no desenvolvimento a qualquer custo. Assim, acabam por perceber as questões ambientais de forma fragmentada e superficial, o que tende a levar a uma dicotomia, colocando o homem como um ser totalmente diferente de todos os outros. Como sabemos que suas concepções influenciam em suas atividades desenvolvidas nas escolas, verificamos que as práticas que dizem realizar e rotulam como EA estão distantes das políticas públicas e, consequentemente, contemplam as questões ambientais de uma maneira simplista e ingênua. Entendemos a importância das iniciativas dos professores, que mesmo com pouco conhecimento tentam inserir a EA nas escolas, mas compreendemos que muitas mudanças precisam acontecer para que tanto suas concepções, quanto suas práticas se modifiquem no sentido de buscarmos a construção de um saber que envolva a questão ambiental e seus diferentes aspectos. Mas, para que essas mudanças aconteçam entende-se que é preciso que a SEDUC permita maior flexibilização curricular, com ênfase ao tratamento interdisciplinar da EA, além de investimentos na formação inicial e continuada dos professores e um envolvimento da sociedade civil, representada pelas pessoas do entorno das escolas, nas questões ambientais. Palavras-chave: Educação Ambiental, Concepção, Meio Ambiente.
7 Giovanni Grassi
Impressões e ações de professores que visitaram o centro regional de ciências nucleares do centro-oeste: Duas décadas do acidente com o césio-137 em Goiânia.
Ano de defesa: 2010
Orientação: Profº Dr. Paulo Celso Ferrari
Banca examinadora: Profª Dra. Glória Regina Pessôa Campello Queiroz e Prof. Dr. Juan Bernardinho Marques Barrio
resumo
O objetivo deste estudo foi analisar de maneira contextualizada as impressões dos visitantes ao Centro de Informações do Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CI-CRCN-CO), no mês de aniversário de vinte anos do acidente com o Césio-137 em Goiânia, setembro de 2007; ou seja, analisar qualitativamente as ações de divulgação científica exercidas por este espaço não-formal de educação. Utilizando-nos de alguns referenciais teóricos, discutimos a educação formal e não-formal, a divulgação e popularização da ciência e as funções dos museus e centros de ciências para analisar as atividades de uma instituição que, além de realizar pesquisa e fazer o monitoramento do meio ambiente nas proximidades dos depósitos onde está o lixo gerado pelo acidente com o Césio-137, recebe visitas com o intuito de esclarecer a população sobre o episódio ocorrido em setembro de 1987. Os dados coletados por meio de análise documental e entrevistas semi-estruturadas permitiram uma análise qualitativa considerando os aspectos culturais, político-sociais e acadêmicos das ações exercidas pelo Centro de Informações do CRCN-CO. Os entrevistados consideram que a citada instituição está contribuindo para a ampliação do conhecimento científico da população, despertando o senso crítico sobre a produção científica e gerando desdobramentos de suas atividades nas escolas que a visitam. Palavras-chave: educação não-formal; divulgação científica; acidente radioativo; Césio-137.
8 Gislene Sousa de Sá Azevedo
A visão dos professores de ciências do ciclo ii sobre o sistema de ciclos de formação e desenvolvimento humano da rede municipal de educação de Goiânia.
Ano de defesa: 2009
Orientação: Profª. Dra. Agustina Rosa Echeverría
Banca examinadora: Profª. Dra. Iria Brzezinski e Profª. Dra. Dalva Eterna Gonçalves Rosa
resumo
O presente estudo objetiva investigar a visão dos professores de ciências do ciclo II da Rede Municipal de Educação de Goiânia sobre os ciclos de formação. O papel do professor é determinante para a efetivação de qualquer proposta pedagógica. Assim, é preciso identificar o que os professores de Goiânia pensam sobre os ciclos de formação, visto que estes significaram uma mudança muito importante na Rede Municipal de Educação de Goiânia (RME). A pesquisa envolveu todos os professores de ciências do ciclo de formação II da RME. O instrumento metodológico foram entrevistas semi-estruturadas com as quais se procurou saber a compreensão e a avaliação dos professores sobre o processo de implantação da proposta de ciclos na RME, sobre os aspectos pedagógicos dessa organização e o papel que nela exerce o ensino de ciências. Os resultados indicaram que, após 11 anos da implantação dos ciclos de formação, existem, na visão dos professores da área de ciências, avanços, equívocos, incompreensões e grandes dificuldades na condução do trabalho pedagógico, o que aponta para a necessidade de ampliar o estudo e a reflexão sistematizados sobre essa política de organização do ensino, suas implicações no cotidiano escolar e o papel do ensino de ciências na formação do aluno. Da mesma forma, a pesquisa conclui pela necessidade de se propiciarem, na formação inicial dos professores de ciências, espaços para o estudo e a discussão da natureza do conhecimento científico e dos aspectos político-pedagógicos. Palavras-chave: Ciclos de formação. Ensino de Ciências. Políticas públicas. Professores de ciências.
9 Janderson Vieira de Souza
A Identidade Profissional do Professor de Matemática frente aos Ciclos de Formação e Desenvolvimento Humano do Município de Goiânia na luz da Etnomatemática.
Ano de defesa: 2009
Orientação: Profº. Dr. José Pedro Machado Ribeiro
Banca examinadora: Profº. Dr. Rogério Ferreira e Profª. Dra. Vanda Domingos Vieira
resumo
Este trabalho tem o propósito de mostrar aspectos da identidade profissional de alguns professores de matemática do município de Goiânia, pertencentes na Unidade Regional Central. Procura-se entender como tais professores compreendem e incorporam a estrutura denominada “ Ciclos de Formação e Desenvolvimento Humano", na Luz da Etnomatemática. Para tanto, foi realizado um Estudo de Caso, que, num primeiro momento, fiz uma investigação documental das principais propostas e diretrizes que conduzem os trabalhos em ciclos da prefeitura de Goiânia, desde sua implementação, no ano de 1998. Num segundo momento, foram realizadas entrevistas com nove professores de matemática pertencentes a uma das unidades regionais deste município, tendo como um dos critérios para a seleção dos professores que possuíssem experiência com ciclo III há, pelo menos, três anos. A pesquisa revelou que os professores vivenciam vários conflitos no ambiente escolar, desde a restrita compreensão da Proposta Político Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia até um repensar da práxis pedagógica. Esses conflitos fazem surgir críticas na implantação e concepções que norteiam a proposta de ciclos. Além disso, foi abordada a identidade profissional do professor de matemática na perspectiva da Etnomatemática e, por meio desta, propostas reflexões relacionadas a alguns aspectos como: agrupamento conforme faixa etária, papel da chamada promoção automática em escolas cicladas - contribuindo para uma reflexão da função da escola como instituição-, debate sobre a grade paritária, o atual isolamento da matemática em relação aos outros componentes curriculares e reflexões sobre o currículo. Palavras-chave: Ciclos de Formação; Identidade Profissional do Professor de Matemática; Etnomatemática.
10 Joaquim do Carmo Belo
A formação de professores de Matemática no Timo - Leste à luz da Etnomatemática.
Ano de defesa: 2010
Orientação: Profº. Dr. José Pedro Machado Ribeiro
Banca examinadora: Profº. Dr. Adelino Candido Pimenta e Profº. Juan Bernardino Marques Barrio
resumo
A presente dissertação tem como objetivo realizar, em geral, reflexões sobre a educação escolar praticada em três períodos distintos – colonização portuguesa (1522-1975), invasão indonésia (1975-1999) e Timor-Leste independente (2002-atual) – e, em particular, sobre a formação dos professores de matemática no Timor-Leste, à luz da perspectiva da Etnomatemática. O ponto de vista aqui tomado parte da “escolha” por esse tema que se faz de suma importância para dar contribuições por meio da reflexão e oportunizar novas perspectivas em meio ao olhar diferenciado sobre as múltiplas questões para a melhoria da educação escolar no país. Em particular, à formação de professores de matemática no país do sândalo branco que viveu dois períodos de dominação e cujas “heranças” deixadas pelos opressores ainda necessitam de esforços para serem superadas. Para tanto, propôs como quadro teórico de investigação o campo da Etnomatemática – baseia-se principalmente no autor D’Ambrósio – e que na aproximação com a perspectiva de educação freireana veio substanciar reflexões paltadas em significativas fontes, documentos e experiências vividas pelo pesquisador. No domínio metodológico, o estudo inclui um componente de reflexão crítica, teórica e empírica, que necessitou do envolvimento subjetivo do pesquisador na coleta dos dados primários e secundários. A pesquisa foi realizada por meio de procedimentos de estudo bibliográfico e documental, com inspiração etnográfica e envolveu um diálogo autocrítico do pesquisador em virtude da vivência na prática escolar. Remetendo às concepções dos principais autores que fundamentam o solo teórico deste trabalho, discute-se como apontamentos, para a formação de professores (matemática) do Timor-Leste, a educação para a Paz, para a cidadania e para o mundo. Emerge daí um novo posicionamento quanto às “escolhas” acerca dos conhecimentos e currículos para a prática de sala de aula, de modo que venham contribuir com abordagens em prol da valorização dos saberes/fazeres existentes ao contexto sociocultural timorense. Palavras-chave: Timor-Leste; Educação Matemática, Etnomatemática; Formação de Professores de Matemática.